FALANDO SOBRE AS DROGAS

Num mundo, supermoderno que vivemos; onde a tolerância aceita como normais, atitudes até esdrúxulas; onde a inteligência artificial crescente está substituindo o homem pela máquina; onde as instituições morais estão em decadência e a juventude com muitos privilégios desconhecendo seus limites; onde as estatísticas mostram a diminuição do interesse religioso e familiar, como vejo nas igrejas a quase a ausência de jovens e onde um mundo materialista valoriza o prazer imediato. Então, as drogas se apresentam como a grande opção na busca do prazer de viver.

A bebida que deveria ser moderada para resultar na alegria e prazer, está aí nos botecos dos bairros, nas festas e nos clubes com bêbados, provocando tantos desajustes familiares e acidentes. A juventude buscando grandes emoções embalada nas drogas e sexo periga nos exageros e nas consequências.  

As drogas podem ser a grosso modo, classificadas como: drogas lícitas e drogas ilícitas. As lícitas são aquelas usadas permitidas por lei, como o cigarro o álcool e remédios. As ilícitas são as proibidas por lei como a cocaína, crack, e hoje fazendo de ponta as drogas novas sintéticas cada dia com tantos nomes diferentes. Não importa muito o nome, o importante seria saber, como agem sobre o organismo. Basicamente, dividem-se em três grupos: as que DEPRIMEM, as que EXALTAM e as que PERTURBAM a atividade mental.

As que DEPRIMEM, são as substâncias que diminuem a disposição psicológica geral, e as tensões emocionais. Sob forma de receita médica funcionam como sedativos, calmantes e anestésicos. Nesse grupo estão os derivados do ópio como a morfina. Sob dosagens exageradas e não balanceadas viciam, rapidamente. Quando eu era médico residente no Instituto Nacional de Câncer aplicava nas cancerosas com dores fortes injeção de morfina, depois de tratados já sem dores imploravam “aquela injeçãozinha”.

As drogas que EXALTAM a atividade mental estão, basicamente os derivados da “Coca” e as anfetaminas. Na medicina são usadas como antidepressivos, estimulantes do psiquismo e do físico. São drogas excitantes.

As drogas que PERTURBAM a atividade mental são os alucinógenos que desestruturam o psiquismo. Causam bipartição de personalidade, perda da noção de espaço e tempo. Nesse grupo estão, por exemplo, o LSD, ecstasy, maconha, o chá daime. O viciado em drogas pode receber várias denominações como:  toxicômano, drogadito e dependente químico.

Os perigos das drogas podem estar no momento do efeito químico quando o usuário tem alterações importantes de comportamento físico e emocional, podendo acontecer acidentes, confusões até mortes.

Com o uso contínuo as drogas produzem no organismo tolerância e dependência química. Mais detalhes no meu livro: “DROGAS, Perguntas e Respostas”

CAUSAS DO USO DE DROGAS

Falar em causas predisponentes ao uso de drogas seria analisar as problemáticas atuais inerentes à sociedade, à família e à adolescência, o que vou fazer, muito resumidamente nesse pequeno espaço. Uma sociedade altamente materialista consome tudo: sentimentos, cultura, família, tradições, envolve o homem numa bola-de-neve crescente de deveres e obrigações, sugando-lhe a disponibilidade e o tempo até para atendimento ao lar. No desespero a bebida e as drogas se oferecem e tantos sucumbem.

Na família moderna, quando o pai e a mãe são profissionais convivendo com os filhos somente à noite e nos finais de semanas, deixam muito a desejar na formação dos filhos. A criança o que mais deseja é a presença dos pais para conviver o amor e informações. O desencontro dos pais dentro do lar e a opressão da sociedade degradam a convivência harmoniosa e em consequência aparecem as desavenças. A separação hoje de casais é coisa considerada normal, casa descasa, casa descasa. As estatísticas mostram que a maior incidência de drogados está nas famílias problemas.

Há pais abastados que dão tudo aos filhos e não sabem dizer não, por isso eles desconhecem os limites da liberdade e mais tarde vem a busca de fortes emoções com drogas, os rachas de carros e motos. O jovem que não receber o justo “não” na hora certa se pergunta: se posso fazer tudo, por que não posso usar drogas e buscar aventuras?

A mídia, principalmente, a televisionada, tem papel importante nas famílias e pessoas, exercendo suas influências de maneira espetacular. Ela penetra em quase todos os lares levando ensinamentos, com programações em parte das vezes com conceitos morais duvidosos. A vida online acabou praticamente, com o diálogo nas famílias, um dos tripés de sua sustentação. Hoje pai, mãe e filhos vivem teclando, teclando e o diálogo e o entendimento ficam pra lá. Com o relacionamento dos pais e filhos, cada vez mais difícil vem os atritos, então a droga vira opção. É preciso selecionar as programações e a vida online da família para que as drogas e as aberrações comportamentais não sejam entendidas como normais.

A escola deveria ser uma continuidade do lar onde a criança deveria aprender as matérias visando um futuro promissor, melhorar a personalidade e conviver em comunidade. Hoje, tantas escolas e universidades estão ensinando política de contestação, valorizando as drogas, os desvios comportamentais e sexuais extinguindo o limite normal de comportamento.

Os adolescentes valorizam muito os amigos e companhias que são determinantes na sua formação. Se o jovem conviver com viciados a chance de também se tornar um deles é grande. O maior propagador de drogas é o próprio amigo usuário. Estão aí nas ruas jovens drogados com personalidade totalmente desajustada, evidenciando um futuro propício à marginalidade. O controle pelos pais das amizades, da vida online e das companhias dos filhos é muito importante. O tempo ocioso dos jovens é oportunidade de buscas e a bebida e as drogas se mostram. 

A falta da religiosidade dentro da família também é causa do uso de drogas. Hoje as igrejas estão cheias de adultos e velhos e, a juventude onde está? Quem vive em Deus tem o prazer de viver e quem tem o prazer de viver não precisa de drogas.   

Percebendo as mudanças de comportamento, a desvalorização das famílias e a desvirtuação da sexualidade, sentidamente eu repito hoje o que relatei já em 1990 quando comecei um trabalho de prevenção ao uso de drogas junto aos Lions Clubes: Do jeito que vai, os problemas das drogas ainda serão maiores no futuro.

Mais detalhes no meu livro “DROGAS - Perguntas e Respostas”.

CL João Batista Leonardo
Assessor de Conscientização Acerca de Drogas do DMLD

Posicionamento a respeito da legalização da Maconha

Como Assessor de Conscientização Acerca de Drogas do DMLD, gestão 2014/2015, com estímulo do Cl Claudio Rogerio Mendes, DD. Presidente do CG; frente ao forte movimento atual para liberar o uso da Maconha, sinto-me na obrigação de opinar sobre o assunto, junto aos dirigentes leonísticos do DMLD.

A maconha é uma planta herbácea, contém nas suas folhas, sementes, resina e caule, substâncias psicoativas chamadas de Tetrahidrocanabinol (THC), Cannabidiol e outras. A maconha também é conhecida como marijuana, Ganja, Cannabis, Cânhamo.

Pode ser consumida de várias formas e a mais usada é por meio do pulmão. Comumente fumada com espécie de cigarros denominados: baseado, pacau, charro, fumo, fininho, perna de grilo, etc. feitos com papel comum, sacos de pão, guardanapos. Pode também ser comida.

As substâncias químicas dela têm ações diversas no organismo humano com efeitos psicoativos, alucinógenos, orgânicos e fisiológicos. Os efeitos são os mais variados e sua manifestação depende do organismo do usuário, da quantidade usada, do tempo de uso, e das características da erva consumida. Portanto o uso pode ser intenso ou moderado na dependência de cada usuário.

O órgão mais afetado é o sistema nervoso imprimindo-lhe o vício e dependência com repercussão importante no comportamento como: perda da memória, perda da noção de espaço e tempo, raciocínio mais lento, perda da atenção. Causas de tantos acidentes de trânsito e trabalho.

Durante o uso, aparece o avermelhamento dos olhos com perturbação da visão para a luz, ressecamento da boca, aceleração dos batimentos cardíacos, descontrole emocional e com uso intenso até alucinação. O uso prolongado no dependente de maconha reduz a capacidade de aprendizado com falta de motivação para desempenhar as tarefas mais simples do cotidiano, do estudo e do trabalho. Há, no passar dos tempos, uma desmemorização progressiva. O nervosismo aparece interferindo no relacionamento social e familiar com posicionamentos ríspidos e agressivos. Diminui a fertilidade do homem e a potência sexual.

Para o pulmão, devido à contínua exposição com a fumaça tóxica da droga, aparecem os problemas como bronquite, enfisema e perda da capacidade respiratória. Além disso, por absorver uma quantidade considerável de alcatrão presente na fumaça os viciados, a exemplo do fumo estão sujeitos a desenvolver o câncer de pulmão, pois no fumar a maconha, o usuário traga mais profundamente, não usa filtro e segura a fumaça por mais tempo no pulmão.

Os que querem a legalização do uso concordam que a maconha é maléfica, mas afirmam que usada em pequenas quantidades não faz mal. Porém, se liberada, qual seria a porcentagem da população que teria condições de avaliar o limite? Propagam as sensações agradáveis da maconha mais comuns como bem-estar inicial, relaxamento, calma e vontade de rir; aumenta a criatividade, relaxa, melhora o humor, diminui a ansiedade. A sensação agradável da maconha dura em torno de 2 horas, depois aparece a angústia, desespero, pânico e letargia. Quando o uso é intenso vai até a alucinação.

A par dos transtornos que a maconha traz, existem os efeitos benéficos, podendo ser usada como medicamento. Alivia a dor, combate o vômito, diminui os espasmos musculares (esclerose múltipla), ajuda no tratamento da epilepsia, auxilia o tratamento do glaucoma e estimula o apetite, mais para doces. Os defensores da maconha acham que ela tem efeito benéfico sobre o Alzheimer, hepatite, diabetes, osteoporose e artrites.

Os grandes estudos da maconha, como medicamento apontam resultados benéficos modestos e presença de efeitos colaterais importantes. Conclui-se que como fármaco destinado à população, ainda não presta e deve receber uma pesquisa melhor, bem como individualização dos seus vários componentes químicos.

Para todos os efeitos benéficos no organismo da maconha, existem fármacos e estão a disposição do receituário, muito melhores e com efeitos colaterais mínimos. Por que valorizar tanto a maconha como benéfica?

Se a maconha fosse coisa boa todos deveríamos usar. Como faz mal à saúde física e mental do usuário, faz mal às famílias, faz mal a coletividade, faz mal ao Brasil, devemos nos posicionar contra a liberação. Longe de dúvida, aquilo que não é proibido será sempre mais usado. Como exemplo palpável, nos países em que a bebida alcoólica é proibida o uso é muito restrito, enquanto que no Brasil é liberada, há bêbados por toda parte, com funestas conseqüências.

Leonisticamente,

CL João Batista Leonardo
Assessor de Conscientização Acerca de Drogas do DMLD
Gestão 2014/2015

OS ALUCINÓGENOS

Droga é toda substância inserida no organismo com o fito de alterar a emoção, o psiquismo. Todas elas têm ação em todo organismo e de maneira muito evidente no sistema nervoso. Os alucinógenos são substâncias não tão conhecidas, de difícil aquisição e preço alto.

São as drogas psicodélicas, as mais espetaculares das drogas pelas alucinações que produzem. Alucinação é definida como sendo a percepção aparente de objetos externos não presentes no momento e sintomas de desequilíbrio mental. Como que transporta o indivíduo para outro mundo que é totalmente psicodélico. É a perda da razão, do pensamento lógico e da atitude coerente.

É muito evidente que os efeitos alucinógenos podem ter efeitos muito diferentes de indivíduo para indivíduo, quantidade, tipo e qualidade da droga.

Os alucinógenos agem no sistema nervoso de três formas, basicamente: Despersonalização, Desrealização e Alterações Sensoriais.

Despersonalização:

O drogado fica incapaz de perceber onde termina seu próprio corpo e começa o ambiente em que se encontra. É a perda da imagem do corpo. Pode ter a sensação de estar dividido em dois, um que observa e outro que se movimenta.

Desrealização:

O indivíduo fica num estado sem saber que está vivendo realmente ou está sonhando. Perde o sentido da realidade.

Alterações sensoriais:

São alterações dos sentidos. O usuário sofre alterações na percepção da forma, tamanho, cor e distância. A confusão pode ser total. Pode perceber a parede se movendo e mudando de cores. O drogado pode ter a sensação estranha de “ouvir” objetos, “ver” sons, “cheirar” cores. É incapaz de distinguir acontecimentos do presente ou do passado. Tem a sensação de poder voar, atravessar paredes ou pular de um edifício para outro. Em tal situação podem ocorrer graves tragédias como, queda de edifícios e acidentes graves.

Entre os alucinógenos mais comuns estão:

O LSD (ácido lisérgico) popularmente conhecido como “ácido” é o mais importante alucinógeno. Pode ser usado por via oral, ser injetado e aspirado. Os efeitos produzidos podem durar de 6 a 10 horas. A intensidade dos efeitos varia de acordo com o indivíduo, quantidade ingerida e estado emocional do usuário.

Maconha (que já foi motivo de abordagem anterior), produz alucinações quando usadas intensamente ou junto com outras drogas.

Ecstasy (MDMA) é psicotrópico e alucinógeno, provoca sentimento de energia, euforia e distorções da percepção. Aumenta a temperatura do corpo com sudorese. Muito usado por jovens da classe média e alta em festas e casas noturnas.

Akineton é um medicamento usado para tratamento do “Mal de Parkinson”. Quando usado em grande quantidade produz alucinações e euforia. O álcool e a maconha potencializam seus efeitos.

Santo daime: A base é um chá preparado a base de um cipó chamado jagube (Ayahuasca) e uma planta chamada Rainha, sob. fervura em água. É droga lícita ligada a religiosidade, mais no Amazonas. Prega o amor pela natureza e consagra o mundo vegetal como sendo o cenário sagrado da mãe terra. Produz a expansão de consciência.

No mundo são tantos os alucinógenos como o Poppers o GHB. Alguns Cactos e Cogumelos, possuem substâncias alucinógenas. O mais recente é o chamado “Pó de Macaco” é sintético, barato, muito potente em uso comum na Inglaterra. Não vai demorar muito a sua vinda por aí.

Quando os alucinógenos são usados em grande quantidade e em grupos, procuram evitar tragédias e abusos usando na reunião pessoas sadias que são chamadas de “anjos da guarda”, que controlam os abusos.

Todos os alucinógenos, tantos os naturais como os sintéticos  são muito prejudiciais à saúde a maioria deles produz sequelas no sistema nervoso. São comuns nos usuários doenças além dos acidentes, suicídios e homicídios.

João Batista Leonardo